E.M. João Bezerra

Dia 5 recebi um nono ano da E.M.João Bezerra em Maricá, pelas mãos de Elza Lopes, Professora de Literatura. O encontro foi tão maravilhoso que na hora dos meninos e meninos irem embora, dei o livro de haicais Arabescos no Vento para cada um. Conversamos sobre a adolescência, suas dores e belezas. Sobre o Porto que irão fazer em Ponta Negra, desprezando as consequências como sempre. Conversamos sobre as mudanças climáticas e eles estão super conscientes. Li poemas do livro Rotas de Fuga e Emaranhados e eles amaram. Quem sabe desse grupo de jovens de 14, 15 anos saiam novas lideranças que sonhem salvar o planeta?
E-book – Pequeños Retatos – Adriana Zambrini

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A Língua Absolvida – Clube de Leitura da Casa Amarela

O encontro do Clube de Leitura da Casa Amarela se deu num dia de sol e muito calor e no primeiro parágrafo do livro de memória do Elias Canetti, o vermelho é a cor dominante e a língua do menino é quase cortada. Nem sentíamos calor, mergulhamos na beleza do livro, sua infância na Bulgária, numa família de judeus sefaradis que falava LADINO e búlgaro. A Espanha perdida era sempre saudade. Em Ruschuk, a cidade natal banhada pelo Danúbio e atravessada por muitas línguas e culturas, árabes, ciganos, romenos, a família de Elias era como uma cidadela e o pequeno aí pôde ver o cometa Halley. Discutimos as cenas na medida em íamos nos lembrando… a partida para Manchester, a relação de Elias com o pai, que fez sua primeira formação literária. A vasta cultura da mãe. A morte do pai. A relação quase incestuosa, violenta e complicada com a mãe. Elias aprendeu a língua alemã de uma maneira terrível, com a mãe como sua mestra. Mas foi a mãe quem lhe deu os autores mais magníficos, e foi o ciúme de Elias quem impediu a mãe de casar-se. Atravessamos a Primeira Guerra, os ódios familiares, o fim do Império austro-húngaro como pano de fundo até a última página onde Elias parte para Berlim e para o leitor que quiser seguir há a continuação em outros dois livros: Uma luz em meu ouvido e o jogo dos olhos.
E.M. José Bandeira

É preciso preparar o coração para receber uma turma de E.J.A. A Professora Neudimar trouxe as alunas e o menino Gabriel, todos da E.M. José Bandeira. Eu convidei a Márcia, que mora entre o R.J e Saquarema, especialista em implantar Bibliotecas em muitos lugares do Brasil. Ouvimos muitas histórias, belas e tristes. Muito belo saber que todos amam a escola, os amigos, os Professores. Muito triste saber que não puderam estudar quando crianças, pois tinham que trabalhar. Lemos poemas, comemos, falamos de amor e amizade. Foi muito bom ter aniversariantes no grupo, cantamos parabéns com o bolo trazido pela Professora Neudimar.
E-book – O Encontro – Roseana Murray / Camila Szabo

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A arte é um ato de fé na vida!

Um encontro mais que especial com Chico Alencar no lançamento do meu livro O Braço Mágico, no Shopping da Gávea.
Roseana Murray faz adversidade virar poesia em ‘O braço mágico’ – Renata Rossi

Renata Rossi Em seu novo livro, a avó poeta transforma o acidente em que perdeu um braço em ato poético, explorando a magia dos laços de afeto e a cumplicidade com os netos. Depois de ser atacada por três cães enquanto caminhava em Saquarema (RJ), em abril deste ano, Roseana Murray recorreu à poesia como forma de cura. Em entrevista ao Lunetas, a autora conta sobre a ideia do livro “O braço mágico” (Estrela Cultural), que surgiu ainda no hospital onde foi socorrida. “Busco beleza em tudo, mas claro que não há nada de belo em perder o braço. Então, para que pudesse suportar essa perda, criei um braço mágico e isso me salvou.” “Os poetas fazem qualquer coisa virar poesia, mesmo a mais terrível adversidade” Ao buscar dentro de si poesia para tentar ressignificar o acidente que quase tirou sua vida, Roseana cria então um ambiente onírico por onde transita entre duendes, fadas, piqueniques recheados de gulodices, e passeios de balão e tapete mágico. Tudo isso na companhia dos netos, que se tornaram personagens nesta aventura com a avó poeta que tem um braço com superpoderes. “Luis, menino músico, tocava guitarra para a avó. Gabi, garota arteira, fazia camisas coloridas para ela. Era a maneira de eles dizerem que a amavam.” “Quando oferecemos amor do fundo do coração, ele cresce, fica imenso, depois explode para espalhar suas sementes pelo Universo.” Trecho do livro “O braço mágico” “O braço mágico”, Roseana Murray e Fernando Zenshô (Estrela Cultural) Dedicada a familiares, amigos e aos profissionais do hospital, esta história entre avó e seus netos conta como um braço com superpoderes é capaz de espalhar amor. Além disso, pode alegrar quem está triste e promover aventuras no céu, na terra e no mar. Assim, Roseana Murray transforma o braço que perdeu em ato poético, para seguir se espantando com as belezas da vida. Por fim, espera também que o braço mágico leve os leitores até seus próprios corações. Já as aquarelas de Fernando Zenshô simulam um sonho e representam o renascimento da avó. Após o acidente, ela passa a ter duas datas de nascimento e, portanto, duas festas de aniversário. Para o ilustrador, a aquarela reflete a nossa falta de controle sobre os acontecimentos. “É da natureza dessa técnica que as formas se misturem e isso traduz a essência da história, envolta em magia. A vida coloca um acidente no caminho e a poeta o ressignifica”, diz. O peso da chave da poesia A capacidade de ver poesia em tudo resultou em outro livro pós-acidente. “A morte sobre o corpo”, com ilustrações de Jidduks, foi escrito para o público adulto. Como ela reafirma na abertura da obra, “colocar a minha dor em poesia me fez muito bem”. Dessa forma, os poemas narram as dores – físicas e emocionais – causadas pela ausência do braço. Mas também contam sobre os aprendizados que estão em curso, como reaprender a escrever, agora com a mão esquerda: “Viro criança outra vez. Rabisco palavras, risco o tempo, a casa da infância existe, equilibrada no balanço da memória.” “A Morte sobre meu corpo não conseguiu me levar. Talvez pesasse muito a minha chave da poesia, a que carrego sempre no pescoço. Talvez um anjo tenha soprado na sua cara. Fiquei ali, na rua, abraçada com as pedras até que viessem me buscar.” Poema de “A morte sobre o corpo” “A morte sobre o corpo”, Roseana Murray e Jidduks Após viver uma experiência de quase morte, a poeta compartilha neste livro sua jornada de transformação e cura através da poesia. Assim, a coletânea destinada a adultos reflete sobre o poder do amor e da arte para transcender a dor. Roseana dedica a obra aos profissionais do Hospital Estadual Alberto Torres, onde foi socorrida. ‘A infância é o tempo da poesia’ Com mais de 100 livros publicados, a literatura foi sempre companheira de Roseana Murray desde a infância e também refúgio. “Muito pequena, numa casa triste de imigrantes judeus poloneses que vieram antes da guerra, eu já me escondia dentro dos livros para fugir daquela atmosfera”, conta em seu e-book “Livros e leitores”, com ilustrações de Elvira Vigna. “Assim que aprendi a ler, me mudei para o Sítio do pica-pau amarelo. Fui com as minhas bagagens. Todos os dias caminhava até a casa de uma amiga que tinha a coleção inteira e, sentada numa poltrona, lia sem parar até o fim da tarde.” “Descobri que já havia uma fortaleza dentro de mim. Uma fortaleza feita de livros.” Roseana Murray, em “Livros e leitores” Para a avó poeta, os netos “acordam a minha alma de criança”. Essa cumplicidade rende memórias afetivas e, no caso da família Murray, se tornam livros. Em “O braço mágico”, “avós e netos se encontram no país do mais puro amor”, diz a poeta. Mas Luis e Gabi também vivem aventuras em dois e-books independentes, “O galinheiro arco-íris” e “Crianças e bichos”, e no livro ‘Lá vem o Luis’ (Leya). Portanto, é nessa busca pelo espanto da vida que Roseana se fez poeta das crianças, como disse uma de suas leitoras. Para ela, a infância é o tempo da poesia. “Ao virarmos adultos e perdemos o assombro, a poesia desvira e não entendemos mais nada. Porque a falta de lógica da vida é poesia e, se quisermos controlar tudo, morremos asfixiados.”
E.M. Margarida

Ontem recebi tanto amor das crianças da terceira série da E.M.Margarida. Foi uma chuva de amor capaz de apagar qualquer incêndio! Era uma turma especialíssima e parabenizo demais a escola, aqui de Saquarema. As crianças amaram as minhas brincadeiras poéticas, comeram, primeiro as Professoras serviram, mas a partir da segunda rodada em diante eles se serviam sozinhos. Era lindo ver a concentração deles passando mel ou manteiga no pão. Correram pelo jardim muitas e muitas vezes e finalmente os levei ao segundo andar para verem o mar de cima. Eram muitos e pequenos para irem até o mar. Só agradeço. Há que fazer coisas maravilhosas com as crianças, para que cresçam com esse amor intacto.
CIEP 452 (Itaboraí)

A visita do CIEP 452, de Itaboraí, com 34 alunos e 4 Professoras, foi uma festa. Eram turmas misturadas, do 4° ao 9°. A Professora Ana Luiza Magalhães da Sala de Leitura, era a regente junto com Bianca Marinho, Denise Ramos e a Inspetora Luciana Amorim. A mesa era farta. Fiz 2 bolos e 2 pães recheados com a minha única mão, Vanda fez kibe de abóbora e cachorro quente. Os outros bolos comprei. Logo, na nossa roda de conversa, um aluno falou que a escola precisava melhorar. Falei de duas ou três coisas qu realmente em qualquer escola, precisariam mudar: 1- A campainha estridente entre uma aula e outra, como as de fábrica ou prisão. 2- A arrumação das cadeiras, uma atrás da outra, cada um olhando a nuca do outro. Melhor trabalhar em círculo, olhos nos olhos. 3- A primeira aula poderia começar com um poema ou um mini conto, para acordar a alma. Quando somos tocados por alguma coisa, acordamos. Li Quem Vê Cara não Vê Coração, poemas onde brinco com os ditados populares, alguns poemas do Vira Virou, brincamos de virar e desvirar e um poema de gatos e cachorros. Quase todos tinham um bicho de estimação, então contei que os gatos eram deuses no Egito e malditos na Idade Média. O momento MAR foi o mais esplêndido. Parabéns a Professora Ana Luiza, que desceu com eles e com carinho conseguiu contê-los, sempre sob os olhos e todos respeitaram a fronteira entre a areia e o mar.
O BRAÇO MAGICO – Trechos do lançamento

Escritora Roseana Murray lança o livro ‘O braço mágico’ no Rio. Poeta transformou em obra infantil o episódio traumático de sua amputação após ser atacada por três cães, em Saquarema, em abril.