No “Diário da Montanha” de Roseana Murray tem mãe e tem filhos. Tem mala aberta, hortênsias e mandala. E ainda Café, pele e Juan. E muito, muito mais… Assim, como se fosse um dicionário de inspirações, procuro este Diário que me alimenta, comove e aquieta quando estou a procura de algo que nem eu bem sei…Aliás, algo que não sabia, porque depois que achei o poema “redemoinho” aprendi a lição de redemoinhar:
” Veio um redemoinho
e virou o tempo :
as árvores enlouqueceram,
como se subitamente
não suportassem mais
as raízes no chão”. (….) p. 63
E foi ali, nesse último verso da primeira estrofe deste poema intenso e vivo que eu também me desprendi do tempo, do espaço e passou a tarde por mim. Obrigada, Roseana, pela beleza de livro, pelo presente da sua montanha e seu belo diário.
Gloria Kirinus