Hoje mergulhamos no mundo cigano, na Andaluzia do Século XVIII, no âmago desse povo nômade e perseguido, quase inteiramente destruído , sobrevivente de chacinas, encarceramento, expulsões e sempre com a liberdade como bandeira e com sua música e dança como alimento.
O livro é teatral ao extremo e seus personagens apaixonantes.
A escrava Caridad, a menina Milagros, o velho Melchor, a curandeira Maria, o Frei Joaquim, cada um exercendo um papel impressionante nesta trama folhetinesca.
Muitas questões foram colocadas:
Um dos clãs, os Vegas, não se entregaram aos “payos” para garantir a sua sobrevivência.
Mas os Garcías de certa maneira se assimilaram e traíram as suas raízes . É válido fazer esse pacto? Até onde se pode ir?
No livro há de tudo:
Um cenário histórico maravilhosamente documentado, a sujeira, a hipocrisia da Igreja, dos nobres, a corrupção. Paixões, amizade, lealdade, traição, vingança, roubos, assassinatos, contrabando. E um amor tão belo quanto improvável de uma ex escrava com um velho cigano.
Todos amaram o livro. A história dos ciganos representa, de alguma maneira, todas as perseguições aos “diferentes”
Muitos leitores tinham alguma memória da infância onde os ciganos se faziam presentes.
O cenário do Clube hoje era luxuriante. Um lugar belíssimo na zona rural de Saquarema.
Recebemos novos leitores, grande alegria. O grupo, tão diverso, é um luxo.
Os anfitriões eram impecáveis em sua gentileza.
E o almoço divino.
O próximo encontro será dia 1 de fevereiro e o livro será Prólogo, Ato, Epílogo, de Fernanda Montenegro.