O encontro do Clube de Leitura da Casa Amarela, que uma vez por ano acontece na casinha branca do bosque, em Visconde de Mauá, trouxe Diderot para a nossa sala, com todo o seu humor, ironia, irreverência.
Que o romance Jaques, o Fataliste e seu Amo, com mais de 200 anos, traga um selo de atualidade, como se tivesse sido escrito hoje, foi o espanto que todos trouxeram para o grupo.
Diderot faz um romance que vai sendo anunciado enquanto é construído. O narrador chama o leitor para dentro dessa viagem que sai de um lugar qualquer e vai para outro lugar qualquer enquanto vamos ouvindo mil e uma histórias maravilhosas com muitos narradores.
Diderot desafia a nobreza, a Igreja e todas as regras. E gostaríamos de ter Jacques eternamente ao nosso lado, em suas aventuras, ouvindo a história dos seus amores.
Liberdade, o poema do Paul Éluard, foi sendo lido em voz alta, estrofe por estrofe, nesse encontro onde falamos de servidão, tirania e liberdade. É um dos poemas mais belos que conheço.
E ganhamos de presente um cassoulet, a feijoada francesa, do Chef Andre Murray, de comer rezando e a torta dos aniversariantes da Chef Daniela Keiko Takahagui Murray. E vinhos maravilhosos trazidos pelo grupo.
Muito bom para preparar o clima de final da Copa do Mundo amanhã.
E o próximo encontro será no dia 15 de setembro em Saquarema e vamos ler ou reler os livros De Repente nas Profundezas do Bosque, do Amós Oz e Momo de Michael Ende.
Cada leitor trará um poema do poeta de sua escolha sobre o Tempo.