O motorista que trouxe os professores de Itaboraí se enrolou e chegaram um pouco atrasados.
O Café foi o primeiro ítem da lista. O texto veio depois. Com uma convidada maravilhosa: Gilcelene Braga, assistente social. Ela trabalha com inclusão no Cemaee de Itaguaí. Um Centro criado para potencializar as Salas de Recursos da Rede. Seria interdisciplinar, Saúde e Educação.
Toda a fala da Gil era centrada nas crianças “especiais” que deveriam estar incluídas na Rede e não estão. E quando estão o professor é colocado diante de uma situação difícil, quase sempre sem ajuda e esses Centros correm o risco da extinção.
Os professores que estiveram aqui hoje deram depoimentos lindos e incriveis. Falaram das dificuldades de lidar com os autistas sem preparo para isso, falaram dos progressos .
Falamos também sobre um outro tipo de educação, menos fabril. Que cada um tem seu tempo de aprendizagem e como seria belo poder respeitar esse tempo.
Mas depois de falar tanto sobre inclusão e educação, uma professora disse:
– Mas para fazer uma educação diferente precisamos ser sensibilzados. Queremos ouvir teus poemas!
Li alguns poemas. Falei da construção de alguns livros. Tivemos um momento de autógrafos, de fotos.
Os professores eram de escolas rurais e ganhei muitos presentes maravilhosos que vieram direto da horta que fazem com as famílias.
Cenouras, abóboras, laranjas, tangerinas, doces, salsa e cebolinha. Minha cozinha e meu coração agora estão transbordando de cores.