Encontro do Clube de Leitura da Casa Amarela

whatsapp-image-2023-03-12-at-07-08-36

O mundo conhece Frida Kahlo. Ela está no imaginário. Está em objetos, canecas, camisetas, é marca. Seus quadros, sua linguagem tão dela, tão sem etiqueta, flutuam em nosso imaginário como seus vestidos indígenas, seus adereços, seus penteados, seu macaquinho.
Sua dor também está em nosso imaginário.
Por isso, para mergulharmos em Diego e Frida, lemos o livro Diego e Frida, de Le Clézio. Mergulhamos nesse amor pantagruélico, amor-galáxia, amor-buraco-negro.
Diego cobriu espaços imensos com seus murais que contam a história do México, seus murais extremamente povoados de gente.
Frida não se pendura em andaimes para pintar. Frida se pendura em sua dor, pinta em sua cama, diante de um espelho, as Fridas múltiplas, a dor indígena. A sua solidão, seus fetos abortados.
Com que lentes se pode julgar ou analisar esse amor, esse encontro de uma pomba com um elefante?
Le Clézio nos conta essa história imensa, monumental, que vai das revoluções mexicanas às viagens desse casal insólito.
Frida entrando em sua grande exposição na cidade do México, em sua própria cama, já tão fraca, na beira da morte, na beira da vida, Frida aclamada, adorada.
Penélope Martins era nossa convidada especial. A casa estava cheia de gente linda, de gente apaixonada por livros.
Desde 2010 nossos encontros são um espaço de abraços, muitas trocas e amor.
Bruna Pinto , nossa leitora, conta que foi ver uma exposição de Frida, no inverno, quando morou em Paris. Durante muitos dias, a fila era tão grande, que ela ia e desistia. Até que resolveu enfrentar a fila. Ela nos disse:
– Saí da exposição aos prantos. As dores de Frida são as dores de todas as mulheres.