Clube de Leitura da Casa Amarela

22154581_1455020117939170_7385592926575952003_n

Hoje o encontro do Clube de Leitura da Casa Amarela foi uma grande celebração.

De muitas coisas.

Do Prêmio Comunique-se que o Juan Arias ganhou. De termos Marijose Sanchez de Arias, nossa sobrinha de Granada e sua amiga Loli Ortiz Lirola na casa.

De celebrarmos Antonia, ainda na barriga da mãe Carol, mulher do Felipe Lacerda, que é leitor do Clube desde o seu começo.

22046176_1455020294605819_7257209330807292320_n

Celebramos também o aniversário da Vanda Oliveira, meu anjo da guarda, do Chico Peres e da Adelaide Vidal.

Discutir o Livro dos Homens de Ronaldo Correia de Brito não é tarefa nada fácil.

Começamos pelo primeiro conto mas logo, feito uma enxurrada, os contos iam se atropelando como a água nas pedras e era impossivel conter cada conto em suas margens.

Cada conto tem a sua crueldade e beleza. A morte é personagem constante. Atravessam os contos do primeiro ao último.

Os contos são cinema, puro Glauber Rocha, diz Máximo, cineasta italiano. E aproveita para comparar o Sertão com a Sicília, com seus códigos de honra.

Cristiano Mota Mendes nos fala da diferença do sertão de Ronaldo e de Guimarães Rosa.

O sertão de Ronaldo é seco, nos remete a Graciliano.

Cesar Alves nos traz semelhanças entre personagens de sua aldeia natal com alguns personagens.

Bruna aponta a questão feminina.

Maria Clara fez uma pesquisa exaustiva sobre o nome de cada personagem, nomes que já trazem em seu bojo muitos significados. Uma descoberta maravilhosa.

E fomos, pulando de conto em conto sem saber qual o mais impressionante, cada pessoa com o seu preferido.

É um livro magistral.

E a discussão em grupo foi alargando, ampliando os significados. Como se junto com a Carol, fossemos engravidando também.

Cada conto com a sua extrema beleza, às vezes uma beleza terrível.

Ronaldo é um arquiteto. Nada é ao acaso.

Recomendo este livro com fervor. E não é um.livro fácil.

Juan nos diz que as grandes obras se inspiram no local , na aldeia. Parte do pequeno para o Universal. Não por acaso cultura significa cultivar a terra.

E de repente a surpresa que Ângela preparou para comemorar os sete anos do Clube:
Cada pessoa leu um poema de minha autoria.

Até minha tia Alice se levantou e leu.

Fiquei absurdamente emocionada. Não podia acreditar, pois eu havia indicado Ana Cristina César, mas sem eu saber, fui a poeta escolhida.

O almoço foi magnífico.

Eu havia pedido que todos trouxessem fraldas para Antonia. E realmente fizemos uma montanha de pacotes de fraldas.

Nosso próximo encontro será dia 2 de dezembro.

O livro é Terra sem Mapa de Ángel Rama.

O poeta é Antonio Machado.

Casamento perfeito.