E-books

Agora estou focada nos meus e books. Sinto uma energia tão grande nesse projeto que parece que vou partir para uma grande viagem, rumo a um planeta desconhecido.
Não consigo publicar meus poemas dirigidos ao público, digamos, adulto. Nenhuma editora se interessa. Então resolvi publicar as minhas coletâneas em formato digital , sem nenhum lucro. Qualquer pessoa pode acessar gratuitamente.
Mas, para não perder a dignidade, mandei fazer 50 exemplares da coletânea DELÍRIOS,, numa edição artesanal, com técnica do século XVII, por Domingo Gonzáles, o que me provoca uma grande alegria. Imagino que poderiam ter sido produzidos na pequena gráfica onde trabalhava Natanael, maravilhoso personagem do livro Como a Água que Corre, da Marguetite Yourcenar, que lemos no Clube. E assim, apago as fronteiras do tempo, apago as fronteiras entre realidade e ficção.
O livro em papel ficou lindo. Mas a edição digital será maravilhosa também, com desenhos feitos em cerâmica pela minha irmã Evelyn Kligerman. Em dezembro estará accessível.
E então aconteceu uma alegria inesperada, já que a vida é uma caixinha de música, mas ao contrário das caixinhas com a bailarina aprisionada para sempre nos mesmos acordes, a música nunca se repete:
Joana Cavalcânti me convidou para a inauguração da sua Casa Azul, em Recife. E aí vou apresentar meu livro novo, Delírios, com a voz do William Amorim, grande amigo, psicanalista e escritor, que fala poesia lindamente. Ele irá de São Luis ao Recife especialmente para isso e para dividirmos o palco na Fundaj, num evento lindo para professores .
Depois farei um lançamento do Delírios em Mauá, no Babel Restaurante do meu filho André Murray e então, quem sabe terei novamente a voz do William e a presença da Joana. Vou dando corda na minha caixinha.